lei lho há a leiloar
e luar?E lo ar?
Elo há. É la lei de leiloar.
eloá é metonímia de uma sociedade que fundamenta suas condições de existencia na lógica de leiloar a si mesmo.
Esse blog é produto de um processo dialético. Uma cadeia de relações complexas e contraditórias entre a produção de espasmos estomacais e poesia. Esse é o devir da minha úlcera.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
sábado, 29 de novembro de 2008
Depoimento de Orkut
São seis e quinze. Não me pergunto o que faço aqui, apenas escrevo uma carta de amor que deve ser um depoimento, melhor, um testemunho do meu sentimento pela pessoa que considero mais importante nesse mundo. Depoimento. Gostaria de pôr nessas linhas retas e frias que cansam minha vista algumas palavras que signifiquem o amor mais incondicional e colérico que eu já senti e acredito que qualquer pessoa seria capaz experimentar. Infrutífero. Desisto.
Meus dedos correm mais rápidos do que as teclas afundam, apago, reescrevo para apagar de novo. Meus pensamentos são mais rápidos que meus dedos, atropelam minhas frases, os poemas. Meu coração é mais rápido que meus pensamentos.
Depois de mais alguns minutos, branco. A tela do computar não é gentil comigo como seus carinhos. Então resolvo pelo testemunho, esse sim não diz do amor, que é indizível, mas da dificuldade que tenho em transformar em palavras aquilo que me transborda o peito. Deixo então que a dificuldade fale por mim.
te amo.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Verbalização
Eu te amo, tu me amas, nós nos amaríamos
Caso este fosse pretérito-menos-que perfeito
Eta vida besta que tudo se vai do outro jeito
Tudo bate, revira no peito, eterno negar de um sim, outro não,
Rebate, debate, empate
Saltariam os olhos mais que os corações repletos, depletos
de qualquer sina, meu amor se parece com solidão,
Aquele cheiro quase perdido, mulamba
Você que é neguinha, mas não do samba
Eu ando alto, tão alto, tão falto
Que só depende da sua boa vontade
de sua gentileza, seu lirismo
Mas que cinismo o meu
Ser assim para si mesmo...
Poesia de Jimmi Penhasco
Destino Intestino
Esse mundo desanimador
Já me foi mais promissor
Essa vida gelatina
Já teve mais sabor
Eu me indentifico com os galos
Que madrugam um amanhã sem Sol
Pois quando tudo vai, vai tudo mal
E quando durmo, a cama é de jornal
A seção é policial e a manchete, sádica
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Comentário sobre a crise financeira
Globalização do Globo
Lobalização do Globo
Obalização do Globo
Balização do Globo
Alização do Globo
Lização do Globo
Zoação do Globo
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
A rua da amargura
foto: Vitor "sábio sabiá" Vogel
A rua da amargura
Sem lenço documento ou capa de chuva
Vou descendo pela rua da amargura
Com meus olhos cheios de tempestade
e o coração cheio de saudades
As pernas estão cansadas a fronte está dura
Ladeira abaixo na rua da amargura!
Eu ando com pressa
Eu ando com fome
A dor que começa
É a dor que consome
É a dor do café
É a dor do cigarro
É a dor dos sem fé
É a dor do pigarro
É a minha companheira de caminhadas
Essa musa constante inspiradora de catarros
Que como uma gotejante estalactite
Despenca sobre meus passos
Na forma intensa de uma gastrite
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Morte Feliz
Meu maior desejo
É ter glórias no enterro
Imagino como seria
Me velarem hoje em dia
Vejo todos lá, de preto,
Com lembranças minhas, [e seus discursos]
Ressaltando meu acerto e
Ignorando meus erros
Todos em volta do caixão, e
Como num altar de podridão,
Eu lá esticado, duro
E sorrido, é claro
Pra devolver com juros
Todo escárnio que
A vida me impôs
E se assim for:
Que apodreça a carme inútil!
Que vá, ego sem compaixão!
No fim desta vida fútil
Ao meu lado não quero nenhum chorão
sábado, 25 de outubro de 2008
O Cadeado Da Alma - Ou da Diferença entre Intenção e Gesto
O mundo acaba de pouco em pouco
Não há mais tempo para o sufoco
Tire essas roupas, solte esses cabelos
A vida, companheiro, é o seu espelho
Então reflitamos sobre a vida:
Quantos de nós vivemos plenamente?
Quantos de nós negamos a luz do dia?
Carpe diem, amigo, carpe diem!
Aaah! O punhal está no centro da sala
Reluzente e sedutor a te chamar...
E, se puder, faça como o poeta que vos fala
Pois se teu peito ainda é chaga,
Cuspa no sentimento que atormenta!
Rasga esse peito que te arrebenta!
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Que Tudo Mais Vá Para O Verso
Ontem você me perguntou:
- Oi, meu amor, como vai?
Disse: "Estou bem, sabes como estou"
Sabes também que a tristeza é o melhor
Que me cai
Porque meu melhor são meus ais,
Ai, ai...
Sabe, prefiro não escrever
Prefiro dizer não ao não
Mas é com dor que se vem
E com paz que se vai
Então, se a vida é uma linha torta
A alegria é uma percorrida rota
Onde se esvai uma lembrança morta
Que seja!
Eu quero é essa musa sádica
Eu quero essa folha pálida
Que essa mão seja a do perverso
E que tudo o mais vá para o verso
Que tudo o mais vá para o verso
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