quarta-feira, 4 de março de 2009

Diogo Mainardi: difamador travestido de jornalista

fonte: www.vermelho.org.br


3 DE MARÇO DE 2009 - 16h24

Altamiro Borges: resposta ao provocador Mainardi


Diogo Mainardi, colunista da Veja e comentarista da TV Globo, parece que ficou irritadinho com uma postagem deste blog. Na revista estadunidense de maior circulação no Brasil, ele atacou esta página — omitido meu nome e sem dar o endereço deste blog, talvez para evitar que seus leitores leiam opiniões antagônicas as suas. Aproveitou-se de um erro de informação — que teve origem numa notícia que circulou amplamente na internet, inclusive com fotos da festança que reuniu o tucano José Serra e o colunista Arnaldo Jabor. Reconheço o erro e peço desculpas aos leitores. Não padeço da doentia vaidade do provocador global, um hitlerzinho egocêntrico.

 

Por Altamiro Borges*, em seu blog



O erro, porém, não nega as relações íntimas entre o presidenciável tucano e as “estrelas” globais. A data pode ter sido trocada, mas as relações de vassalagem só aumentaram. Arnaldo Jabor ficou ainda mais rancoroso nos seus comentários na TV Globo, tornando-se um ícone da direita nativa. Miriam Leitão, tida pelo provocador como “a melhor colunista de economia do país”, expressa as idéias neoliberais mais anacrônicas, bancadas pelos demos e rentistas. Em síntese, o erro de informação não anula a essência das críticas às posições fascistóides de Mainardi. Ele até tentou posar de jornalista “neutro”, que critica os seus cupinchas da direita midiática. Puro engodo!

 

A reação de Mainardi evidencia que a blogosfera incomoda os serviçais da mídia hegemônica – a Folha, que recentemente qualificou a ditadura brasileira de “ditabranda”, também está sentindo a sua força. “A internet é como uma cidadezinha no interior do Pará, assolada por parasitas que proliferam nessas zonas insalubres do Terceiro Mundo”, esbraveja este elitista, na sua linguagem tipicamente preconceituosa. A sua ira, porém, não mete medo. Mainardi é um pitbul desdentado, que late, mas não morde. Não retiro uma palavra que já disse sobre este “difamador travestido de jornalista”. Para reforçá-las, reproduzo artigo de minha autoria publicado em vários sítios em novembro de 2006:

 

Mainardi, o pitbul da Veja

 

O presidente interino do PT e ex-coordenador da campanha presidencial de Lula, Marco Aurélio Garcia, deu a resposta que estava entalada na garganta de muitos brasileiros. Na semana passada, o “colunista” Diogo Mainardi, o pitbul da revista Veja, solicitou por e-mail uma entrevista exclusiva com o dirigente petista. “Eu gostaria de entrevistá-lo por cerca de quatro minutos para um podcast da Veja. O assunto é a imprensa. Eu me comprometo a não cortar a entrevista. Ela será apresentada integralmente”, apelou.

 

A resposta de Marco Aurélio foi direta: “Sr. Diogo Mainardi, há alguns anos – da data não me lembro – o senhor dedicou-me uma coluna com fortes críticas. Minha resposta não foi publicada pela Veja, mas sim, a sua resposta à minha resposta, que, aliás, foi republicada em um de seus livros. Desde então decidi não falar com a sua revista. Seu sintomático compromisso em não cortar minhas declarações não é confiável. Meu infinito apreço pela liberdade de imprensa não vai ao ponto de conceder-lhe uma entrevista”.

 

Reacionário e preconceituoso convicto

 

Há tempos que as estripulias deste badalado jornalista da mídia hegemônica mereciam este tipo de reação. Expressão do que há de mais reacionário e preconceituoso na imprensa brasileira, este direitista convicto colecionou inúmeros adversários desde que deixou de escrever banalidades sobre cultura e passou a tratar de temas políticos na sua coluna semanal da revista Veja, na qual escreve desde 1999. Seus cinco livros – um deles sugestivamente batizado de “Contra o Brasil” – e dois filmes nunca tiveram maior repercussão, mas seus comentários rancorosos na mídia excitaram a direita nativa. Mais recentemente, ele também substituiu outro renomado elitista, Arnaldo Jabor, no programaManhattan Connection, da Rede Globo.

 

Provocador contumaz, ocupou estes espaços midiáticos regiamente pagos para satanizar o governo Lula – “sou um conspirador da elite, quero derrubar Lula, só não quero ter muito trabalho” (Veja, 13/8/05) – e tudo o que tenha alguma conotação progressista. Não poupa o MST, o sindicalismo, os intelectuais e as lideranças de esquerda no país e no mundo. Apóia o genocídio dos EUA no Iraque e odeia Fidel Castro, Evo Morales e Hugo Chávez. Prepotente e egocêntrico, ele chegou se gabar de “quase ter derrubado o presidente Lula” e ficou furioso com os milhões de votos dados para a sua reeleição. A exemplo de outro ícone da “nova direita”, Reinaldo Azevedo, faz questão de explicitar a sua aversão e nojo ao povo.

 

“Difamador travestido de jornalista”

 

No meio jornalístico, Mainardi é visto como um aventureiro, um troglodita, em busca de fama e dinheiro. Também é chamado de fascista por ter criado o seu “tribunal macartista mainardiano”, no qual promove uma cruzada leviana contra vários profissionais da imprensa. “Minha maior diversão é tentar adivinhar a que corrente do lulismo pertence cada jornalista”, explicou ao anunciar a estréia do seu “tribunal” na Veja em dezembro de 2005. “Tereza Cruvinel é lulista. Dessas que fazem campanha na rua. Outro dia mesmo ela foi vista em Brasília distribuindo santinhos do PT. Paulo Henrique Amorim pertence a outra raça de lulistas. Ele é da raça dos lulistas aloprados, dos lulistas bolivarianos. Ele acha que a primeira tarefa do lulismo é quebrar a Globo e a Veja”, afirmou recentemente em sua coluna.

 

Esta atitude fascistóide já resultou em vários processos na Justiça de jornalistas como Mino Carta e Paulo Henrique Amorim. Mas também lhe rendeu dividendos entre os barões da mídia e a direita. No caso mais famoso e execrável, Mainardi precipitou a demissão do jornalista Franklin Martins da Rede Globo. Na guerra pública travada entre os dois, iniciada após a inclusão do segundo na lista “macartista” da Veja, a poderosa emissora preferiu ficar com o estrume da direita – uma opção de classe. Mas Franklin Martins não levou desaforo para casa. Desafiou publicamente “o difamador travestido de jornalista” a comprovar a “estapafúrdia história de que eu teria uma cota pessoal de nomeações no serviço público”, publicada na revista Veja de abril de 2006. Vale a pena reproduzir alguns trechos deste documento:

 

“Não tem compromisso com a verdade”

 

“Se qualquer um dos 81 senadores ou senadoras vier a público e afirmar que o procurei pedindo apoio me sentirei sem condições de seguir em meu trabalho como comentarista político. Pendurarei as chuteiras e irei fazer outra coisa na vida. Em contrapartida, se nenhum senador ou senadora confirmar a invencionice do Sr. Mainardi, ele deverá admitir publicamente que foi leviano e, a partir daí, poupar os leitores da Vejada coluna que assina na revista. O Sr. Mainardi topa o desafio? Se não topar, o Sr. Mainardi estará apenas confessando que não tem compromisso com a verdade e deixando claro que não passa de um difamador”.

 

“Nos últimos meses, semana sim, semana não, pelo menos duas dúzias [de jornalistas] foram vítimas de investidas absolutamente desrespeitosas, carregadas de insinuações capciosas contra as suas atividades e carreiras. Mas como ninguém deu pelota para os arreganhos do rapaz – nem os jornalistas, que simplesmente não o levam a sério, nem os leitores da Veja, que já se cansaram de ver um anão de jardim querendo passar-se por um gigante da crônica política –, o Sr. Mainardi decidiu aumentar o calibre de seus ataques. E partiu para a difamação pura e simples”.

 

“Vivemos numa democracia, felizmente. Todos têm direito a defender suas idéias, mesmo os doidivanas, e a tornar públicas as suas posições, mesmo as equivocadas. Em compensação, todos estão obrigados a aceitar que elas sejam criticadas livremente. O Sr. Mainardi, por exemplo, tem a prerrogativa de dizer as bobagens que lhe dão na telha, mas não pode ficar chateado se aparecer alguém em seguida dizendo que ele não passa de um bobo. Pode pedir a deposição do presidente Lula, mas não pode ficar amuado se alguém, por isso, chamá-lo de golpista. Pode dizer que o povo brasileiro é moralmente frouxo, mas não pode se magoar depois se alguém classificá-lo apenas como um tolo enfatuado. Ou seja, o Sr. Mainardi pode falar o que quiser, mas não pode querer impedir que os outros falem”.

 

“As tolices e o bobo da corte”

 

“Mais ainda: o Sr. Mainardi é responsável pelo que fala e escreve. Enquanto permaneceu no terreno das bobagens e das opiniões disparatadas, tudo bem. Faz parte da democracia conviver com uma cota social de tolices e, além disso, presta atenção no bobo da corte quem quer. Mas quando o bufão passa a atacar a honra alheia, substituindo as bobagens pela calúnia e as opiniões disparatadas pela difamação, seria um erro deixá-lo prosseguir na sua torpe empreitada. No Estado de Direito, existe um caminho para os que consideram que tiveram a honra atacada por um detrator: recorrer à Justiça. É o que farei nos próximos dias”.

 

”Desde já, adianto que, se a Justiça fixar indenizações por dano moral, o dinheiro será doado à Federação Nacional dos Jornalistas e à Associação Brasileira de Imprensa. Não quero um centavo dessa causa. Não dou tanta importância a dinheiro como o Sr. Mainardi, que já definiu seu próprio perfil: ‘Hoje em dia, só dou opinião sobre algo mediante pagamento antecipado. Quando me mandam um e-mail, não respondo, porque me recuso a escrever de graça. Quando minha mulher pede uma opinião sobre uma roupa, fico quieto, à espera de uma moedinha’. Prefiro ficar com Cláudio Abramo: ‘O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter’. Mas, para tanto, o Sr. Mainardi está incapacitado. Não porque lhe seja escassa a inteligência; simplesmente falta-lhe caráter. A história da moedinha diz tudo”.

 

“Mainardi envergonha os jornalistas”

 

O “macartismo mainardiano” já causou certa revolta no meio jornalístico – infelizmente, muito aquém do necessário. Um abaixo-assinado foi encaminhado à Central Globo de Jornalismo manifestando “o nosso protesto e preocupação com a demissão do jornalista e comentarista político Franklin Martins, um dos mais qualificados e respeitados profissionais do país. Acusado levianamente por um articulista, cuja missão ‘do momento’ parece ser unicamente agredir profissionais e intelectuais com relevantes serviços prestados ao aperfeiçoamento democrático do país, Martins não teve direito de resposta. Esperamos que a Justiça obrigue esse veículo a atender este preceito básico do jornalismo: ouvir o contraditório”.

 

O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal também teve a honradez de acioná-lo na Justiça por sua defesa escancarada do assassinato de Hugo Chávez, feita durante o programa Manhattan Connection de setembro de 2005. “Se o pastor protestante dos EUA, Pat Robinson, quiser realmente matar o presidente Chávez, eu ajudo”, bravateou. “Este deplorável episódio exige reflexões severas sobre o papel dos meios de comunicação e dos comunicadores sociais. Diogo Mainardi envergonha os jornalistas brasileiros com essa campanha homicida e revela a natureza intelectual, a estatura moral e o caráter de certa oposição aos dirigentes que empreendem transformações sociais no continente”, explicou a nota do sindicato.

 

Sua postura leviana gerou críticas até de Alberto Dines, do Observatório da Imprensa: “Diogo Mainardi é, na feliz expressão de Luís Nassif, um parajornalista. Um dos muitos revelados nestes meses de crise. Ouviram falar de Carlos Lacerda e imaginaram que basta indignação e nenhum senso de responsabilidade para ganhar o respeito dos leitores. Seus colegas na direção da Veja ofereceram-lhe um isca e ele, faminto de reconhecimento, a abocanhou com voracidade. Quanto mais se entrega ao delírio mais se enreda na armadilha. Há poucos meses puxava o cordão dos que mais recebia mensagens; agora nem aparece no esfarrapado Oscar semanal. O leitor da Vejajá não agüenta tanta fanfarronada”.

 

* Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB e autor do livroSindicalismo, Resistência e Alternativas

Fulanizar As Úlceras

Não tenho estômago de vaca. Minha simples incapacidade de digerir certas coisas me forçam a cuspir, quando não vomito, aquilo que nos enfiam goela abaixo. Como uma aranha que gorjita sobre sua refeição, porém enojado, sou forçado a deglutir o alimento putrefado que os meios de comunicação hegemômicos do país tentam usar para nutrir minha alma.

Mas não sou uma aranha. Quando percebo o veneno que colocaram na minha comida sou forçado a enfiar o dedo bem fundo na garganta. Arrrhg! Não há método mais covarde de se matar alguem do que o envenenamento. Em nosso sistema judiciário é uma das formas de homicídio que mais colecionam agravantes, não dá direito a defesa, é premeditado e, na maioria dos casos, provoca uma morte lenta e dolorosa.

Está na hora de combater os conspiradores. Esses ladinos que se esgueiram pelas redações contaminando nossos jornais com mediocridade e falsidade, assim como faz nosso detestado ex-presidente Cardoso. Ele disse em sua última dose de veneno, estratégicamente plantado no Globo e Folha, que temos que sensibilisar a opinião pública, temos que fulanizar a disputa.

O líder da Camarilha Tucana se referia à disputa presidencial, eu me refiro à disputa de idéias. As idéias sadias contra as patológicas. Vomitar o veneno sobre a mesa de jantar nos dá uma perspectiva melhor sobre aquilo que está tentando nos matar, como o inimigo trabalha e como podemos virar as armas do inimigo contra ele.

Porém, esse trabalho estomacal não é fácil, requer um estômago muito forte para resistir ao aparecimento das úlceras e, cada vez que uma surge, podemos dar um nome a elas. Nesse mês escolhi a ferida que me apareceu mais perto da boca, o nome dela é Diogo Mainardi.
 
A partir de Hoje, quem tiver uma crítica a fazer sobre o bufão pode mandar para meu e-mail que será publicada. Publicarei também textos de outros blogs, sites e de minha autoria. Conto com a participação de todos.   
  
  

segunda-feira, 2 de março de 2009

Quem é Diogo Mainardi?


O link acima nos remete ao texto A Vichy do PT, de Diogo Mainardi. A seguir, uma crítica de minha autoria.

Diogo Mainardi é a Heloísa Helena dessa imprensa caduca, mais conhecida como PIG (partido da imprensa golpista). Até candidato a presidente ele já foi, ao estilo histérico de sempre, confundindo realidade com ficção, inverdades com meias mentiras. Esse texto pode ser considerado um clássico da mediocridade e desespero que os setores mais retrógrados de nossa sociedade atingiram.

Mainardi desconhece completamente a história recente da França, para começar. Trata Vichy como um conglomerado de covardes, traidores ou sanguinários adeptos do nazismo. Nada mais errôneo. A França foi ocupada, durante a segunda guerra mundial, pela maior força bélica já movida na História. Basta lembrarmos que a Alemanha nazista lutou, praticamente sozinha, contra o mundo inteiro uma guerra de aproximadamente cinco anos. O que Mainardi faria nessa situação? Enfiaria sua viola no saco e esperaria os aliados desembarcarem na Normandia. É muito fácil falar asneiras no conforto do seu lar, sem um francês ao lado e sob a proteção de uma democracia que o tolera.

A associação do regime despótico implantado por Hitler à democracia brasileira de Lula é outra piada de quem é mais palhaço que jornalista. A seguir, o pierrot tucano desqualifica intelectuais que tem um acúmulo notório de prestígio intelectual por estarem entre aqueles que mais produzem conhecimento acerca de nossa realidade social e formulam políticas públicas que tem como objetivo principal o combate à pobreza e à desigualdade social. Quem é esse bufão que acusa intelectuais da USP de fraude intelectual? Um auto-intitulado jornalista, pois ganha como um mas não exerce a profissão, dedica seu tempo a escrever panfletos esdrúxulos para um número cada vez menor de assinantes da VEJA e faz bico de comediante no Manhatan Conection da GNT.

Mas qual é o motivo de indignação do amado bobo da corte dos Civita? Ele acha ruim que um jornal, que presta serviço público, abra suas páginas para publicar opiniões contrárias às suas. Ao estilo facista, ele não admite que seja contemplada a diversidade social, ainda mais quando as opiniões forem diversas das suas e, ao tentar (de forma ridícula) dar lastro social para seu protesto, o faz na melhor tática propagandista do nazismo, utiliza palavras e bordões de fácil apreensão como estímulo racional à uma resposta emotiva irracional.

Para coroar sua atrapalhada defesa do totalitarismo, disfarçada de grito democrático, termina seu fracasso com uma frase muito reveladora de sua personalidade e ideologia:

"O melhor a fazer é tirar-lhes a voz, na"Folha de S. Paulo" e no resto dos jornais."