sábado, 29 de novembro de 2008

Depoimento de Orkut

São seis e quinze. Não me pergunto o que faço aqui, apenas escrevo uma carta de amor que deve ser um depoimento, melhor, um testemunho do meu sentimento pela pessoa que considero mais importante nesse mundo. Depoimento. Gostaria de pôr nessas linhas retas e frias que cansam minha vista algumas palavras que signifiquem o amor mais incondicional e colérico que eu já senti e acredito que qualquer pessoa seria capaz experimentar. Infrutífero. Desisto. 

Meus dedos correm mais rápidos do que as teclas afundam, apago, reescrevo para apagar de novo. Meus pensamentos são mais rápidos que meus dedos, atropelam minhas frases, os poemas. Meu coração é mais rápido que meus pensamentos. 

Depois de mais alguns minutos, branco. A tela do computar não é gentil comigo como seus carinhos. Então resolvo pelo testemunho, esse sim não diz do amor, que é indizível, mas da dificuldade que tenho em transformar em palavras aquilo que me transborda o peito. Deixo então que a dificuldade fale por mim. 

te amo.

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