sexta-feira, 31 de outubro de 2008

A rua da amargura

foto: Vitor "sábio sabiá" Vogel

A rua da amargura

Sem lenço documento ou capa de chuva 
Vou descendo pela rua da amargura
Com meus olhos cheios de tempestade
e o coração cheio de saudades
As pernas estão cansadas a fronte está dura

Ladeira abaixo na rua da amargura!

Eu ando com pressa
Eu ando com fome
A dor que começa
É a dor que consome

É a dor do café
É a dor do cigarro
É a dor dos sem fé
É a dor do pigarro

É a minha companheira de caminhadas
Essa musa constante inspiradora de catarros
Que como uma gotejante estalactite
Despenca sobre meus passos 
Na forma intensa de uma gastrite

2 comentários:

  1. Rolar pela rua da amargura é, sem dúvida alguma, algo doloroso.

    Mas, mesmo com tanta dor, na próxima esquina tu pode dobrar.Lá tu segue mais duas quadras.

    Das notas sobre os buracos e reentrâncias destas ruas, esquinas, ladeiras e quebradas dolorosas certamente nascerão os mapas do caminho da liberdade.

    Anote-os sempre.

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