foto: Vitor "sábio sabiá" Vogel
A rua da amargura
Sem lenço documento ou capa de chuva
Vou descendo pela rua da amargura
Com meus olhos cheios de tempestade
e o coração cheio de saudades
As pernas estão cansadas a fronte está dura
Ladeira abaixo na rua da amargura!
Eu ando com pressa
Eu ando com fome
A dor que começa
É a dor que consome
É a dor do café
É a dor do cigarro
É a dor dos sem fé
É a dor do pigarro
É a minha companheira de caminhadas
Essa musa constante inspiradora de catarros
Que como uma gotejante estalactite
Despenca sobre meus passos
Na forma intensa de uma gastrite